A Câmara dos Deputados analisa a possibilidade de ampliar de 513 para 527 o número de deputados federais, o que geraria um impacto de cerca de R$ 39,1 milhões por ano aos cofres públicos, de acordo com um cálculo feito pelo Departamento Sindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) a pedido do g1.
A proposta é uma tentativa de atender à determinação do STF, que ordenou a atualização da distribuição das cadeiras com base no Censo 2022 até 30 de junho. Caso o prazo não seja cumprido, o TSE assumirá a redistribuição.
Cada deputado custa, em média, R$ 230 mil mensais, incluindo salários, verbas de gabinete, cotas parlamentares e auxílio-moradia. O relator do projeto, deputado Damião Feliciano (União-PB), afirmou que a Câmara estuda formas de realocar recursos para evitar aumento de despesas. No entanto, técnicos apontam que salários e benefícios não podem ser reduzidos.
Além do impacto federal, há temor de um efeito cascata nos estados, já que o número de deputados estaduais está vinculado ao tamanho das bancadas federais.
O texto final do projeto deve ser apresentado nesta terça-feira (6), com expectativa de votação no mesmo dia.