O pastor Sérgio Queiroz, lançado por Jair Bolsonaro como pré-candidato ao Senado pela oposição na Paraíba, parece ter sido pego no contrapé com o anúncio feito pelo ex-presidente. Em vez de celebrar o apoio de peso, o pastor adotou um discurso cauteloso — para não dizer desconfortável — e já tratou de listar os empecilhos que, segundo ele, podem travar a formação da chapa da direita em 2026.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, Queiroz confessou que não esperava ser indicado e tratou logo de destacar o “nó político” que a oposição vai enfrentar no estado. “Na Paraíba, a coisa não é tão fácil de se resolver”, disse ele, citando o PSD de Pedro Cunha Lima, o União Brasil de Efraim Filho e o PP de Aguinaldo Ribeiro como peças de um tabuleiro difícil de organizar.
“É possível que o União e o PP fiquem com Aguinaldo ou fiquem com Efraim. Em qualquer das circunstâncias, isso vai gerar uma grande e complexa equação para ser resolvida”, alertou o pastor.
Como se a preocupação com a matemática política não bastasse, Queiroz ainda defendeu um prazo “limite” para se resolver essa equação — até outubro. “Se tem que decidir, decida logo. Se tem que fazer alguma coisa que faça logo. Até outubro, eu acho que é uma data enigmática, porque é um ano antes das eleições”, afirmou.
Fica o questionamento: Sérgio Queiroz realmente queria ser o escolhido de Bolsonaro?