O vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (Progressistas), garantiu, em entrevista à rádio BandNews FM, na manhã desta segunda-feira (30), que não há imposição para que um membro da família Ribeiro dispute as eleições estaduais em 2026. Segundo ele, as definições políticas devem ser construídas com diálogo, e não com imposições.
O discurso soa bonito, democrático, mas vindo de um clã onde a mãe é senadora (Daniella Ribeiro), o tio é deputado federal (Aguinaldo Ribeiro) e ele próprio ocupa o segundo posto mais importante do Executivo estadual, fica difícil não sorrir com a modéstia do vice-governador.
“Não é impondo que a gente vai conseguir nada na vida, é através do diálogo, do reconhecimento, da importância de cada agente nesse processo que a gente vai construir com tranquilidade essa sucessão sem ter nenhum tipo de rompimento”, declarou Lucas, ao ser questionado sobre as articulações da família para as próximas eleições.
Lucas também foi questionado sobre a possibilidade da senadora Daniella Ribeiro abrir mão da reeleição para o Senado e compor, como suplente, uma eventual chapa do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Progressistas), ao Senado em 2026. Ele negou que o tema já esteja sendo tratado, mas não descartou.
“Existe sim essa possível candidatura de Nabor Wanderley, mas a gente ainda não chegou ao ponto de discutir essas questões. Vamos aguardar os próximos meses para amadurecer essas questões”, ponderou.
Se depender do histórico da família Ribeiro, que acumula cadeiras importantes em Brasília e João Pessoa, dificilmente o sobrenome ficará de fora da disputa. Só resta saber se o tal “diálogo” vai mesmo prevalecer — ou se o peso político da família já decidiu o caminho, ainda que sem imposição formal.