O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), proibiu nesta terça-feira (22) a realização de reuniões de comissões na Câmara dos Deputados.
O ato ainda não foi publicado no Diário da Câmara, mas foi confirmado pela presidência da Casa.
Duas comissões presididas por parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, convocaram reuniões deliberativas para esta terça com moções de apoio político a Bolsonaro na pauta.
A oposição também confirmou o cancelamento das reuniões e criticou a decisão de Motta.
Mesmo assim, um grupo de parlamentares da Comissão de Segurança Pública se reuniu e exibiu uma placa de moção de apoio em homenagem ao ex-presidente.
“É uma decisão que nos impede de manifestar nossa opinião, nossa palavra”, afirmou o presidente da Comissão de Segurança, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que sustentou a existência de quórum para realização da reunião.
Bolsonaro era esperado
Mesmo com restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como proibição de postar nas redes sociais, uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento noturno, Jair Bolsonaro era esperado nesses atos da oposição na Câmara.
Contudo, nesta manhã, Bolsonaro foi visto entrando na sede do Partido Liberal (PL), na Asa Sul, em Brasília.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante disse ao g1 que pediu a Bolsonaro para não ir ao Congresso nesta terça.
Ainda segundo Cavalcante, os advogados do ex-presidente vão questionar a decisão de Moraes desta segunda (21) sobre publicação de trechos de entrevistas nas redes sociais.