O governador João Azevêdo exonerou o diretor administrativo do Hospital de Clínicas de Campina Grande, Rogério da Silva Cabral, conforme ato publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (10).
Rogério estava à frente da unidade hospitalar no dia 15 de maio de 2025, quando ocorreu um mutirão de cirurgias oftalmológicas que resultou em complicações graves. Dos 64 pacientes submetidos aos procedimentos, pelo menos nove apresentaram desconfortos persistentes durante a recuperação, com suspeitas de perda parcial da visão.
A Polícia Civil, a pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB), conduz uma investigação para apurar o caso.
As cirurgias foram realizadas por profissionais da Fundação Rubens Dutra Segundo, empresa contratada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). De acordo com o governo, o fornecimento de insumos e a responsabilidade técnica pelos procedimentos cabiam exclusivamente à empresa.
Durante a apuração, a SES encontrou 30 frascos de medicamentos utilizados nas cirurgias. Seis desses frascos estavam vencidos e abertos, com fortes indícios de que foram aplicados nos pacientes que apresentaram os sintomas mais graves.
Diante das irregularidades, a SES instaurou processos administrativos, éticos e criminais para investigar a atuação da empresa. O contrato com a Fundação Rubens Dutra Segundo foi suspenso.
Para o lugar de Rogério, o governo nomeou Andrezza Sandrine Agra Ribeiro como nova diretora administrativa do hospital.
