Juiz denuncia casos de aluguel de crianças para pedir esmolas em João Pessoa

O juiz da Infância e Juventude da Capital, Adhailton Lacet, revelou nesta terça-feira (20) a existência de um esquema alarmante envolvendo a exploração de crianças por adultos em João Pessoa. Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, o magistrado destacou situações em que crianças são utilizadas por terceiros para sensibilizar transeuntes e conseguir esmolas em locais públicos, especialmente em frente a grandes supermercados.

“Tem casos em que os pais alugam as crianças. Houve um caso em João Pessoa que, em um grande supermercado, as crianças eram alugadas por R$ 50 para as pessoas pedirem esmola. Coloca no braço o bebê para sensibilizar os clientes e pedir lata de leite, fralda e esses produtos, depois, são vendidos ou trocados por drogas”, revelou o juiz.

Lacet contou que teve conhecimento da prática após vivenciar pessoalmente uma situação suspeita.
“Eu fui sensibilizado em uma fila de supermercado, sem tomar conhecimento dessa questão do aluguel de crianças, por um senhor com uma criança, que pediu para eu comprar um pacote de fralda. Paguei, inclui na minha feira e a moça disse: ‘doutor, ele vai ali para o estacionamento e vai trocar por drogas’. E foi a primeira vez que eu tomei conhecimento disso e pedi que nossa equipe começasse a investigar”, detalhou.

Com o apoio do Conselho Tutelar, a equipe da Infância e Juventude iniciou uma operação de vigilância no local citado.
“Foi no estacionamento de uma grande rede de supermercados e os nossos agentes da Infância e Juventude, junto com o Conselho Tutelar, ficaram lá em campana e conseguiram identificar. As crianças foram recolhidas e a equipe procurou saber quem foram os pais. Então temos duas ou três crianças em acolhimento”, relatou Lacet.

O juiz orienta que, ao presenciarem esse tipo de situação, as pessoas denunciem imediatamente aos órgãos competentes.
“Quando alguém flagrar essa situação… pode ligar para quem está na ponta, que é o Conselho Tutelar porque, normalmente, é o órgão que pode fazer o acolhimento, é a ‘porta de entrada’ para as instituições de acolhimento. A polícia, se tiver ali o flagrante, evidentemente que vai preso o pai ou o adulto que estiver explorando, mas a polícia tem que entregar a criança para o Conselho Tutelar para que o Conselho leve para a instituição de acolhimento e a Justiça da Infância e Juventude vai cuidar do destino dessa criança”, finalizou.

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