O cantor e compositor Antônio Barros, conhecido por formar uma das duplas mais marcantes da música nordestina ao lado da esposa Cecéu, faleceu na manhã deste domingo (7), em João Pessoa. Ele estava internado há cerca de 60 dias tratando complicações de saúde em decorrência do Mal de Parkinson. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada pela família.
O velório está marcado para começar às 13h, com sepultamento previsto para as 17h, no Cemitério Parque das Acácias, na capital paraibana.
Um legado de forró e autenticidade
Natural de Guarabira, no Brejo da Paraíba, Antônio Barros construiu uma carreira sólida e profundamente enraizada na cultura popular nordestina. Compositor prolífico, teve suas músicas gravadas por grandes nomes da música brasileira, como Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Marinês, Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Trio Nordestino e muitos outros.
Ao lado de Cecéu, com quem dividia a vida e os palcos, Antônio Barros levou sua música para todo o país. A dupla é autora de clássicos como “Procurando Tu”, “Forró do Xenhenhém”, “Bate Coração”, “Eu te amo, te amo, te amo”, “Só quero um xodó” (esta em parceria com Dominguinhos) e tantas outras que embalam festas juninas até hoje.
Com um estilo inconfundível, suas canções mesclavam humor, crítica social e romantismo, se tornando verdadeiros hinos do forró tradicional.
Patrimônio da cultura nordestina
Antônio Barros foi homenageado ao longo da carreira por diversas entidades culturais e instituições. Seu talento e contribuição à música o tornaram uma referência do forró e da música popular brasileira.
A morte de Antônio Barros representa uma perda irreparável para a cultura nordestina. Seu legado, no entanto, permanece vivo em cada sanfona, zabumba e triângulo que continuam a ecoar sua poesia nos arraiais do Brasil.