As emendas voltaram a se tornar razão de atrito entre Planalto e Congresso. Líderes da Câmara reclamam que até agora o governo não pagou nada – ou quase nada – das chamadas emendas impositivas, que são de execução obrigatória.
A demora na liberação das verbas deve dificultar ainda mais a aprovação da medida provisória para compensar a suspensão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
De acordo com o G1, a lentidão foi motivo de ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, para a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
O tom de Motta foi duro. Na conversa, ele avisou à ministra que o governo terá dificuldades de aprovar qualquer medida que chegue à Casa, entre elas as propostas de aumento de arrecadação apresentadas a líderes partidários no domingo (8).
Até segunda-feira (9), o governo tinha empenhado apenas R$ 56,8 milhões de emendas obrigatórias. O valor total de emendas impositivas previsto para este ano é de R$ 25 bilhões.
O empenho é a primeira parte do processo de liberação dos valores e representa uma reserva daquele saldo no Orçamento que permite o início da execução do serviço. O pagamento até o momento foi de R$ 824 mil.