Uma mulher de 25 anos, natural da cidade paraibana de Mamanguape, foi presa em flagrante na última quarta-feira (3) no Morro do Urubu, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela é investigada por praticar maus-tratos e ocultar o cadáver da filha de sete anos, que tinha deficiência.
A detida, identificada como Maria Raíssa da Silva, residia no estado do Rio de Janeiro há mais de oito anos e é mãe de outras duas crianças: um bebê de oito meses e um menino de cinco anos. De acordo com relatos de moradores da comunidade, a mulher costumava deixar os filhos sozinhos em casa, e o choro constante da menina mais velha era ouvido com frequência.
A situação veio à tona quando vizinhos estranharam o sumiço da criança, que não era vista há várias semanas. Ao forçarem a porta da residência, se depararam com a cena chocante: o corpo da menina estava em cima de uma cama, enrolado em um lençol e já em estado avançado de decomposição.
Segundo as investigações, a principal suspeita é de que a mãe manteve o corpo no local para continuar recebendo o benefício governamental destinado à filha. Temendo ser descoberta pela facção criminosa que domina a área, ela teria se mudado para outra casa na mesma comunidade e mantido um ventilador ligado no ambiente na tentativa de dispersar o odor.
A revolta com a descoberta foi tamanha que a população local tentou linchar a mulher, que só foi salgra com a chegada dos policiais. Maria Raíssa foi levada para a delegacia e indiciada por ocultação de cadáver. O caso agora é investigado pela Delegacia de Homicídios.
As apurações seguem duas linhas principais para determinar a causa da morte: inanição (falta extrema de alimentação) ou um ferimento na cabeça, possivelmente causado por uma pancada, que foi encontrado no corpo da vítima.