Recém-empossado como presidente estadual do PSD na Paraíba, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima reconheceu, nesta terça-feira (15), os desafios de liderar um partido sem estar exercendo mandato. Em entrevista à rádio Correio, ele admitiu que estar fora do Congresso limita sua influência na articulação política, especialmente em relação à destinação de emendas parlamentares — fator decisivo nas negociações com lideranças municipais.
“O fato de eu estar fora do mandato dificulta. Hoje na política existe uma cultura de decisões imediatistas, de saber o agora. É o prefeito que espera uma emenda para ir para uma legenda. Como vou colocar uma emenda se eu estou fora do mandato? No PSD a gente não tem uma representatividade em Brasília”, avaliou Pedro.
Apesar disso, ele aposta na força do grupo que se formou após as eleições de 2022 e vê no espírito coletivo do partido um trunfo para o futuro.
“O nosso maior valor hoje é a nossa unidade. Demorou muito tempo para a gente reunir um time. Isso fez falta, mas agora não. Com o término da eleição de 2022, a gente já tem um time formado, unido e determinado para cumprir um papel para que, em 2026, a Paraíba viva um novo ar”, concluiu.
Pedro Cunha Lima foi oficializado como presidente do PSD-PB na última quarta-feira (10), após convite do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Seu nome é apontado como um dos principais da oposição para a disputa majoritária de 2026.