O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por unanimidade, a prisão do Padre Egídio de Carvalho Neto, investigado por desvio de recursos milionários do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. A decisão foi tomada no julgamento de um recurso em habeas corpus, que foi negado pela Primeira Turma da Corte.
A votação foi realizada em sessão virtual e, nesta sexta-feira (11), foi concluída com o voto do ministro Luís Fux, que acompanhou o entendimento da relatora, ministra Cármen Lúcia, e dos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
A defesa do sacerdote tentava reverter a prisão preventiva alegando ilegalidade nas medidas cautelares, mas o STF entendeu que havia fundamentos suficientes para a manutenção da prisão, considerando a gravidade das condutas atribuídas ao religioso e a necessidade de preservar a ordem pública e a continuidade das investigações.
Padre Egídio está em prisão domiciliar desde abril de 2024, após se submeter a um procedimento médico. Ele é acusado de liderar uma organização criminosa que desviou recursos públicos destinados ao hospital filantrópico, que atende exclusivamente pelo SUS. A estimativa é de que os desvios ultrapassam R$ 140 milhões.