Após mais uma derrota do Botafogo-PB na Série C — desta vez, dentro de casa, por 3 a 2 contra o Floresta —, a declaração dada nesta segunda-feira (12) pelo investidor Filipe Félix, um dos responsáveis pela SAF que administra o clube, causou incômodo e preocupação entre torcedores e analistas. Em tom de tentativa de tranquilizar a torcida, Filipe afirmou:
“Lembrando que nós estamos na fase que pode errar.”
A fala, porém, contrasta com a dura realidade da competição. A Série C é conhecida por sua fórmula implacável: são apenas 19 rodadas na primeira fase e perder pontos no início do campeonato muitas vezes custa caro no final — como mostram os exemplos de campanhas passadas. A margem de erro é mínima e o discurso de “poder errar agora” soa desconectado do cenário competitivo.
Filipe também afirmou:
“Se for pra gente errar, que erre na hora certa (…) Eu tenho certeza que a gente vai virar esse jogo.”
O problema é que o torcedor do Belo já ouviu promessas demais da SAF — especialmente do próprio Filipe — e tem recebido muito pouco em troca. O discurso de “certeza” e “hora certa” começa a parecer mais uma manobra para conter a insatisfação do que um plano claro de correção dos erros que o time vem cometendo dentro de campo.
A atuação do Botafogo-PB diante do Floresta foi classificada por muitos como apática, sem intensidade e, acima de tudo, sem identidade tática. A equipe levou três gols de um dos times que vinha na parte inferior da tabela e apresentou pouquíssima reação ao longo da partida. A derrota marcou a segunda consecutiva e acendeu o alerta vermelho.
A pergunta que fica é: até quando a SAF vai “se permitir errar” em nome de uma confiança de que “tudo vai se ajeitar”?