O advogado Aécio Farias, defensor do médico pediatra Fernando Cunha Lima, criticou a decisão do juiz Luiz Eduardo Souto, que nesta sexta-feira (21) negou o pedido de prisão domiciliar e determinou a transferência do réu para um presídio em João Pessoa. Fernando Cunha Lima é acusado de crimes de pedofilia cometidos durante consultas médicas e está preso há duas semanas no Cotel, em Pernambuco.
Em declaração forte, Aécio afirmou que “lava as mãos” diante da decisão judicial e expressou preocupação com a segurança e a saúde do cliente. Para ele, há risco real do médico ser assassinado dentro da unidade prisional paraibana ou morrer em decorrência de problemas de saúde.
“Lavo minhas mãos pelo sangue desse justo. Morrerá de morte matada ou morrida. Mesmo não sendo profeta do apocalipse, vaticinei que Hilton Suassuna seria assassinado e foi. Infelizmente, são noticiados pela imprensa os assassinatos de presos no interior dos presídios paraibanos”, disse o advogado.
A decisão da Justiça reforçou que a defesa não apresentou comprovação suficiente para justificar a prisão domiciliar e manteve a prisão preventiva do médico, reconhecendo sua periculosidade.