O ChatGPT liberou a geração nativa de imagens no chatbot para todos os usuários gratuitos. O anúncio foi feito na noite de quinta-feira (31) pelo CEO na OpenAI, Sam Altman, no X (antigo Twitter). A novidade já havia sido anunciada no dia 25 de março, mas precisou ser adiada por conta da alta demanda causada pela trend do Studio Ghibli. Milhares de internautas usaram o chabot para criar fotos com os traços do anime japonês e sobrecarregaram a plataforma.
No fim de semana, muitos internautas já estavam conseguindo criar uma imagem somente. Altman havia informado anteriormente que o limite diário seria de três imagens, mas muitos ainda conseguem somente uma única demonstração e, por conta da demanda, podem precisar esperar minutos ou até horas para testar o recurso. A seguir, confira mais detalhes sobre a novidade.
O ChatGPT já criava imagens, mas usava o modelo DALL-E para realizar essa tarefa. Agora, consegue fazer as fotos de maneira nativa no modelo GPT-4o, com muito mais precisão nos detalhes e opções de customização. A disponibilidade de usar a novidade gratuitamente foi adiada um dia após o lançamento. Na ocasião, Altman brincou que as “GPUs da empresa estavam estão derretendo” após a alta demanda. O ChatGPT somou um milhão de novos usuários em uma única hora por conta da trend. Antes de lançamento gratuito, a ferramenta estava disponível somente para assinantes Plus, Pro e Team.
Embora o estilo do anime tenha sido usado para criar imagens dos próprios usuários e de memes, o novo recurso do ChatGPT também foi aplicado para recriar conteúdos negativos, como os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro e o assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy. Até o Governo Donald Trump aderiu à trend usando a conta oficial da Casa Branca no X para postar uma imagem no estilo Ghibli de uma mulher recentemente presa por agentes de imigração dos Estados Unidos.
Segundo o Portal TechCrunch, algumas pessoas também o usaram a IA para gerar recibos falsos, como contas de restaurantes. Um porta-voz da OpenAI disse ao site que todas essas imagens têm metadados indicando que o ChatGPT as gerou, e que a empresa “toma medidas” se as imagens violarem as diretrizes da empresa.
A atualização na ferramenta também inclui mudanças nas políticas de moderação de conteúdo da IA, que agora permite a geração de imagens retratando figuras públicas, símbolos de ódio e características raciais. “Estamos mudando de recusas gerais em áreas sensíveis para uma abordagem mais precisa focada em prevenir danos no mundo real. O objetivo é abraçar a humildade: reconhecer o quanto não sabemos e nos posicionar para nos adaptarmos conforme aprendemos”, disse Joanne Jang, líder de comportamento de modelo da OpenAI, em comunicado publicado na quinta-feira (27).