O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestou, nesta sexta-feira (7), durante agenda em João Pessoa, sobre a alta no preço dos alimentos e destacou que a solução para o problema exige medidas estruturais e de longo prazo, e não apenas ações paliativas. Em sua avaliação, a crise de preços está diretamente ligada a fatores econômicos globais e à necessidade de ajustes fiscais no país.
“O presidente [Lula] tem demonstrado um esforço muito grande, assim como integrantes do seu governo, que estão muito preocupados com essa situação dos alimentos. Mas a solução para resolver essa questão não passa por decisões simples ou fáceis. Ela exige medidas mais duras”, afirmou.
Motta explicou que o aumento no preço dos alimentos está vinculado à política internacional, como a alta do dólar e outros fatores externos. Segundo ele, sem uma política de enfrentamento da questão fiscal, o problema não será resolvido de maneira definitiva.
“Não vai ser paliativo que vai resolver a redução dos preços dos alimentos. Medidas tomadas de forma superficial não garantem estabilidade no médio e longo prazo. Precisamos discutir mudanças no rumo da economia, com o governo assumindo mais responsabilidade para debater corte de gastos e despesas. Essa é a única forma de resolver esse e tantos outros problemas que atingem diretamente as pessoas que mais precisam”, enfatizou.
O parlamentar defendeu que o Congresso Nacional deve aprofundar a discussão sobre soluções estruturais, alinhadas a uma agenda econômica responsável.
“Nós entendemos que a maioria da população está sofrendo muito com a alta dos alimentos, e isso requer de nós responsabilidade e uma discussão mais profunda para que soluções reais sejam encontradas”, concluiu.