A Justiça da Paraíba negou o pedido de prisão domiciliar ao médico Fernando Cunha Lima, acusado de abusar crianças durante consultas pediátricas. A decisão foi proferida pela juíza Virgínia Gaudêncio, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, no fim da manhã desta segunda-feira (1º), e rejeita os argumentos da defesa de que o réu teria comorbidades que justificariam a mudança do regime de prisão.
Fernando Cunha Lima está preso desde o início de março, na cidade de Abreu e Lima, em Pernambuco. A defesa alegou problemas pneumológicos e ortopédicos para pedir que ele respondesse ao processo em casa, mas a magistrada foi enfática ao contestar o argumento.
“Seus problemas pneumológicos não o impediram de apreciar um bom sorvete ou uma cerveja gelada, assim como seus problemas na coluna não o privaram do convívio familiar e de momentos de lazer”, escreveu a juíza Virgínia, referindo-se à rotina do réu enquanto estava foragido.
A decisão cita que, embora o réu seja octogenário, isso não o torna automaticamente incapaz de cumprir pena em regime fechado, destacando que ele mantinha uma rotina ativa e exercia a profissão de médico até recentemente.
“Portanto, a mera existência de comorbidades não autoriza, por si só, a concessão do benefício, sobretudo quando está demonstrado que tais enfermidades não o impediram de levar uma vida normal”, concluiu.
*Com informações do Blog do Wallison Bezerra.