O presidente Lula (PT) atribuiu os aumentos nos preços dos combustíveis ao reajuste do ICMS, um imposto estadual, e aos postos de gasolina, em evento na Petrobras nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro.
O que aconteceu
Os preços nas bombas subiram R$ 0,15 por litro na primeira semana de fevereiro, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Com isso, o preço médio do combustível no país chegou a R$ 6,35, o maior valor desde o início do governo Lula.
De olho na popularidade, Lula decidiu fazer uma defesa da Petrobras e justificar a alta da gasolina, que preocupa o governo. “Quando sai um anúncio do diesel, da gasolina, do gás, a Petrobras leva fama, o governo federal leva fama e muitas vezes não tem culpa nenhuma”, disse Lula.
Sem adjetivar, ele atribuiu as altas aos postos de gasolina. “O povo não sabe que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 e que na bomba ela é vendida a R$ 6,49. Ou seja, ela é vendida pelo dobro do que ela sai da Petrobras”, afirmou o presidente.
Ele também lembrou que o último reajuste, que começou a valer neste mês, foi voltado aos impostos estaduais. “Cada estado e cada posto tem liberdade de aumentar a hora que quer. E os impostos pagos são em ICMS para os estados, como o último [aumento]”, argumentou.
É importante informar a população disso, para o povo saber quem xingar na hora em que aumenta, para o povo saber quem é o filho da mãe [por trás] disso, disse Lula, em fala na Petrobras.
Com a alta, o preço médio do combustível no país chegou a R$ 6,35. Como mostrou a Folha de S. Paulo, este é o maior valor desde o início do terceiro mandato de Lula, em valores corrigidos pela inflação.